De 2025 até 25 de janeiro, uma competição de pioneirismo no futebol brasileiro se realiza nesta quinta-feira (2). A Copinha, principal competição de futebol de base do país, é uma oportunidade quase inigualável para jovens jogadores, clubes e empresas.
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Filhos que sonham em se tornar astros do futebol podem mostrar o seu talento, pois a competição não é só um palco para jogadores dos grandes clubes do Brasil, mas também para aqueles daquelas pequenas equipes do interior.
A disputa secundária vai além de colocar mais um troféu na parede. É a chance de descobrir jogadores que poderão chegar à equipe principal e, quem sabe, no melhor dos casos, ajudar o time a ganhar títulos e também encher os cofres da instituição.
As empresas, veem na Copinha a oportunidade de aliar as marcas ao esporte mais querido pelos brasileiros e ganhar exposição que poderá gerar retorno financeiro e prestígio.
Como os clubes ganham dinheiro com a Copa deoty futuro solicitada.
Diferentemente das competições de futebol profissional, a Copinha não concede prêmios em dinheiro ao time campeão ou à equipe que se destaque no torneio. No entanto, gera lucro aos clubes que participam dela. Além de revelar jovens talentos, fazer com que essas equipes vendam esses jovens por milhões de reais, o movimento de mercado se torna fundamental para a sobrevivência de diferentes clubes.
Ao longo dos anos, a competição produziu diversos exemplos bem-sucedidos que poderiam ser citados, mas vamos buscar alguns que aconteceram nos últimos 5 anos.
O elenco do São Paulo, campeão da edição 2019, revelou estrelas, incluindo o atacante Antony. O jovem foi vendido ao Ajax, em 2020, por cerca de 16 milhões de euros. As receitas do Tricolor não pararam por aí. O clube também recebeu uma parte do dinheiro que o time holandês ganhou quando vendeu Antony para o Manchester United, da Inglaterra. Foram cerca de 17 milhões de euros a mais para os cofres do São Paulo.
Outros dois bons exemplos ocorreram do lado do time verde e branco da capital paulista. O Palmeiras foi campeão da Copinha em 2022 e 2023. As duas campanhas jogaram luz sobre atletas hoje conhecidos por qualquer fã de futebol: Endrick e Estêvão. Além de brilhar no profissional, após a conquista do título com o sub-20, os dois jogadores renderam um rio de dinheiro ao Palmeiras.
Endrick foi vendido para o Real Madrid, ainda em 2022, em contrato de cerca de 70 milhões de euros. Do valor, o Alviverde ficou com cerca de 35 milhões de euros e outros 25 milhões pagos de maneira variável, em bônus por desempenho do atacante.
Estêvão foi vendido ao Chelsea, da Inglaterra, no meio de 2024. O contrato foi de cerca de 61,5 milhões de euros, sendo 45 milhões de euros fixos, e 16,5 milhões de euros em metas. O Verdão ficou com 70% da quantia, enquanto o atacante e a família dele ficaram com os outros 30%.
É preciso destacar que não apenas os campeões ou os clubes grandes podem fazer bons negócios com os destaques da competição. Existem também movimentações entre os clubes brasileiros, que observam atletas em times de menor expressão para que possam ser incorporados, o que beneficia os dois times e os jogadores.
Investimento na base
De acordo com o Relatório Convocados 2024, feito pelo economista Cesar Grafietti, Flamengo, Palmeiras e São Paulo são os clubes que, nos últimos 5 anos, mais investiram nas categorias de base. Isso quer dizer também que eles conseguiram a maior receita com a venda de jogadores. A exceção é o Grêmio, que investiu maciçamente, mas não conseguiu transformar esses investimentos em vendas.
Em 2023, o time que mais aplicou investimentos na base foi o São Paulo. De acordo com o estudo, foram investidos R$ 34 milhões em Cotia. O Palmeiras surge em segundo lugar, com investimento de R$ 31 milhões na base.
Esses investimentos refletem as boas atuações desses clubes na Copinha, assim como na descoberta de novos jogadores e no ganho com as transferências.
Impacto nas sedes
Há ainda o impacto econômico nas cidades que recebem as competições. A presença da Copinha gera empregos temporários, movimenta o turismo e incentiva a prática esportiva.
Neste ano, as cidades que receberão o evento são: Votuporanga, Santa Fé do Sul, Tanabi, Bálsamo, Franca, Brodowski, Araraquara, Cravinhos, Tupã, Lins, Jaú, Tietê, São Carlos, Itapira, Porto Feliz, Capivari, Osasco, Votorantim, Barueri, Embu das Artes, Guaratinguetá, Taubaté, Mogi das Cruzes, Suzano, Santana do Parnaíba, Salto, Santo André, Itaquaquecetuba, Guarulhos e São Paulo.